Destaca-se agora neste espaço os grandes percursores da Literatura Fantástica. Pretendo dar a conhecer escritores com obra de importância extrema nos mais diversos quadrantes do género da Literatura Fantástica. Hoje apresento um pequeno texto sobre um escritor genial que revolucionou o género da ficção cientifica. Falo, claro está, de Heinlein. Pretendo ainda dar a conhecer autores como Julio Verne, Dunsany, Assimov, entre outros; Por enquanto os textos serão apenas breves introduções que brevemente evoluirão para um mais extenso estudo sobre as grandes mentes da literatura fantástica.
Robert Anson Heinlein (Julho, 7, 1907 – Maio,8, 1988) foi um escritor americano que se destacou como “o génio da ficção ciêntifica”. Foi um dos mais populares , influentes, e não menos controversos, autores da chamada ficção ciêntifica pura. Foi um dos primeiros escritores a entrar em revistas “mainstream” como por exemplo o “the Saturday evening post” no fim dos anos quarenta. Por longos anos Heinlein foi considerado, tal como Isaac Asimov e Arthur C. Clarke, como a “grande árvore” da ficção cientifica, sendo que é ainda considerado como o autor que mais elevou o género literário a patamares seguros de plausibilidade e qualidade.
Na sua obra destacam-se pela sua qualidade as seguintes :
- A companhia dos mágicos (Magic, Inc., 1940):
- O dia depois de amanhã/A sexta coluna (Sixth Column ou The Day After Tomorrow, 1941)
-Waldo (1942)
-Nave Galileu (Rocket Ship Galileo, 1947)
-O planeta vermelho (Red Planet, 1949)
-Entre planetas (Between Planets, 1951)
-Os manipuladores (The Puppet Masters, 1951)
-Um negócio de família (The Rolling Stones ou Tramp Space Ship, 1952)
-O monstro do espaço (The Star Beast ou Star Lummox, 1954)
-Estrela oculta (Double Star, 1955)
-Um túnel no céu (Tunnel in the Sky, 1955)
-O tempo das estrelas (Time for the Stars, 1956)
-A porta para o verão (The Door Into Summer, 1957)
-Cidadão da Galáxia (Citizen of the Galaxy, 1957)
-Viajantes do espaço/Equipagem espacial (Have Spacesuit - Will Travel, 1958)
-A ameaça da Terra (The Menace from Earth, 1959)
-Tropas estelares/Soldado no espaço/Soldados do universo (Starship Troopers ou Starship Soldier, 1959)
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Gosto muito das obras de Heinlein mas está longe de ser dos meus preferidos... demasiado americano para o meu gosto. Aliás, o filme Starship Troops quase que parodia isso :)
Estranhei não teres colocado a obra mestra dele, Um Estranho numa Terra Estranha.
Anónimo disse...
12 de junho de 2008 às 05:18
Por acaso também ia referir o Stranger in a Strange Land =P
Nunca li mas ando muito curioso, pois tenho andado mais virado para a FC (para fugir um bocado das demandas com o objectivo de se derrotar o Senhor do Mal, abundantes na maior parte da fantasia épica que se vê por aí). Tenho de ver se encontro o original ou se, quiçá, não se publica uma melhor edição/tradução dele.
Francisco Norega disse...
12 de junho de 2008 às 14:38
lol. Por acaso acho que as demandas são mesmo o elo mais fraco dos livros de fantasia (ou alta-fantasia como referênciado por alguns). O que gosto mais nesse tipo de literatura é mesmo o resto do mundo, socialmente e historicamente. :)
Li o "Estranho" na versão que existe nos livros de bolso da Europa-América já há uns valentes anos. Sei que entretanto reeditaram, mas não sei se mexeram na tradução.
Anónimo disse...
13 de junho de 2008 às 11:57
Idem.
Eu achava piada às demandas, no início, mas agora está a tornar-se muito batido :-/
Francisco Norega disse...
13 de junho de 2008 às 17:14
"demandas com o objectivo de se derrotar o Senhor do Mal, abundantes na maior parte da fantasia épica"
Acredito que se torne um pouco repetitivo, em especial se as personagens forem planas e o Bem e o Mal forem estanques. No entanto, talvez contrariando a opinião dominante( de um conformismo à fatalidade sem esperança, talvez exacerbado ), não vejo grande problema nessa derrota do Mal. Sei que na vida real isso nem sempre acontece, mas também é verdade que na própria história, nenhuma tirania foi "eterna". Os senhores do "Mal" reais tiveram sempre quem se erguesse contra eles. E, por vezes há mesmo um Mal e um Bem ou, pelo menos um "menos Mal".
Para além disto, julgo que a actual sociedade precisa de estórias que acabem bem, não só pelos valores que esse desenlace transmite, como também por contraponto a tantas situações de injustiças diárias.
Sinceramente, no dia em que se deixar de acreditar que o "Bem" triunfa... Algo vai muito mal com a Humanidade.
Abraços!
Pedro Ventura disse...
13 de junho de 2008 às 18:41
Acho que tanto eu como o francisco ainda acreditamos nas demandas.. só demonstramos um pouco de cansaço. Continuo a ler demandas.. mas foco a minha atenção mais no mundo onde ela se passa, nas histórias paralelas, etc do que na própria demanda :).
E muitas vezes são mesmo esses factores que me fazem gostar ou não do livro :)
Anónimo disse...
14 de junho de 2008 às 09:04
Claro, claro, Pedro! O meu único problema é aqui a questão do "Mal". Vê-se tudo muito a preto e branco, demasiado. Vejamos o caso do nosso próprio mundo: Os EUA acham que estão a livrar o Mundo do Mal quando lutam contra o Terrorismo mas os Árabes extremistas acham que só estão a fazer o melhor para eles. Eu, pessoalmente, acho que os EUA não estão a fazer nada de jeito, porque os árabes são um povo muito fixe se ninguém os chatear (ainda por cima quando dizem que é por causa da Al-Qaeda quando o que eles querem é petróleo da OPEP).
Mas enfim... aqui não interessa a minha opinião. O que quero dizer é que os conceitos de Bem e Mal são subjectivos, e muito manipuláveis.
Como se diz por aí, dos vencidos não reza a história. Veja-se o caso dos orcs ("O Último Anel", de Kiril Yeskov).
Francisco Norega disse...
18 de junho de 2008 às 12:35