Gloria Perpetua!
Negros tempos que assolam o meu coração, rajadas de vento frio invadem o meu corpo como se houvessem pretendido retirar o calor que ainda me preenche!!! A chuva cai grossa e nem a capa que construi durante anos me protege na totalidade, aqui e ali vários buracos rompem o manto, a chuva chega à minha pele mas não pára, não será esse o seu destino? Penetra-me e gela-me o sangue!Mas são as brumas que me assustam...apareceram lentamente, cinzentas no seu ser de esplendor, misteriosas...de principio apenas envolvem os meus pés descalços e ensanguentados, arrebatados pelo tempo que flui na ampulheta eterna da vida; mas sobem e sobem, envolvendo-me cada vez mais e mais! Os meus olhos não são agora mais que dois pequenos pontos, outrora negros e fortes, agora ténues e transparentes. Fixam as brumas, sentem a chuva e perdem-se com o vento! O coração utiliza as suas defesas e consegue derrotar milhares de inimigos em outras tantas batalhas...contudo já perdeu muitos soldados e sabe que chegou o momento! Não poderá lutar muito mais, perderá! Lutar ou desistir? É a duvida que me destrói...Nos meus olhos não poderei confiar, corrompidos pelo mundo! As minhas mãos já nada sentem, o nariz nada cheira, a boca não existe?claro!... Apenas a minha alma se pode elevar e quebrar as barreiras dos impiedosos inimigos, sorrindo no fim! Apenas o sangue pode escrever a minha tragédia!
Não descerei a Niflheim, as brumas de Midgard não me matarão pois a minha alma anseia por Asgard....por fim a perfeição de Valhol! Por isso sou "Igdrasil" e " Yggdrasil", o eixo do meu mundo!
Igdrasil (Roberto Mendes)
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Gostei do texto.
É envolvente e apela aos sentidos =D
Leto of the Crows - Carina Portugal disse...
11 de maio de 2008 às 14:24